Música gerada por IA pode ameaçar 24% das receitas dos compositores até 2028, aponta estudo
Imagem gerada com auxílio de inteligência artificial (DALL-E/OpenAI)
Um estudo da CISAC (Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores), divulgado pelo CompleteMusicUpdate.Com, revelou que a música gerada por inteligência artificial pode impactar significativamente as receitas dos compositores.
Segundo a pesquisa, até 2028, criadores de música poderão perder 4 bilhões de euros por ano, o equivalente a 24% de seus ganhos. Por outro lado, o mercado de música gerada por IA pode alcançar um valor de 16 bilhões de euros em 2028, com plataformas do setor se fortalecendo com receitas vindas de taxas e assinaturas.
A CISAC destaca que muitas empresas de IA treinam seus modelos com músicas protegidas por direitos autorais sem obter permissão, baseando-se em exceções legais como mineração de dados.
Roberto Neri, CEO da The Ivors Academy, organização que representa os compositores do Reino Unido, enfatizou a urgência de ação: “Compositores enfrentam uma perda significativa enquanto empresas de IA lucram bilhões. Transparência, remuneração justa e controle são inegociáveis. Precisamos de regras claras que coloquem os criadores no centro das decisões sobre IA.”
Além do impacto financeiro, o relatório prevê que músicas geradas por IA representarão uma fatia crescente do consumo digital, especialmente em gêneros como música ambiente e trilhas para conteúdo audiovisual.
A indústria da música agora pressiona por uma solução que garanta não apenas uma taxa de treinamento para IA, mas também uma participação nos lucros gerados por conteúdo criado a partir de obras protegidas.
