Os legisladores australianos deram um passo ousado e aprovaram, nesta quinta-feira (28), uma proibição inédita que impede crianças com menos de 16 anos de acessarem redes sociais como X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, TikTok, Snapchat e Reddit. A medida, que já é considerada uma das mais rigorosas do mundo, não inclui o YouTube.
O objetivo? Combater os impactos negativos que o uso excessivo das redes pode causar na saúde física e mental da molecada. As plataformas têm um ano para implementar o limite de idade e, caso vacilem, poderão encarar multas que chegam a 50 milhões de dólares australianos (cerca de 200 milhões de reais).
A discussão pegou fogo no Parlamento australiano, com debates que vararam a madrugada, mas o projeto acabou aprovado por ampla maioria. Além de proteger as crianças de conteúdos tóxicos, como representações irreais de imagem corporal e material misógino, a lei também tem o propósito de impedir tragédias envolvendo o bullying online.
Rob Nicholls, da Universidade de Sydney, destacou o sentimento crescente de que “a mídia social faz mais mal do que bem entre os australianos” (via NBC News). E parece que ele tem razão: uma pesquisa do YouGov mostrou que 77% da população apoia a medida.
Claro, a proibição gerou polêmica: críticos dizem que a decisão foi apressada e pode ser um exagero. Agora, resta saber como as plataformas vão encarar o desafio de se adequar a essa nova realidade da Austrália. Mas uma coisa é certa: o governo australiano está colocando as redes sociais no banco dos réus!
This post was last modified on 28 de novembro de 2024 12:03