Você ganha mais dinheiro vendendo limonada na esquina do que fazendo música, diz baterista do Anthrax

Redação 89

Você ganha mais dinheiro vendendo limonada na esquina do que fazendo música, diz baterista do Anthrax Imagem: Reprodução Redes Sociais

Com mais de quatro décadas na estrada, Charlie Benante, baterista do Anthrax, revelou em uma nova entrevista ao The Irish Times que os músicos travam atualmente uma luta constante para equilibrar paixão e sobrevivência na era do streaming.

Comentando as mudanças que o mercado da música passou nos últimos ano, Benante disse: “Não há indústria da música. Isso é o que mudou. Não há mais nada. Há pessoas ouvindo música, mas não estão ouvindo música da maneira como a música era ouvida antes. É um momento diferente agora” (via Blabbermouth).

De acordo com ele, os setor musical foi um dos mais atingidos e isso impacta diretamente na produção artística do Anthrax. “Essa pode ser a razão pela qual não fazemos discos a cada três anos ou o que quer que seja, porque eu não queremos dar de graça”, apontou Benante. “Eu levo a música muito a sério e o que eu faço e o que escrevo é muito pessoal e, para alguém levá-lo [sem pagar] não é certo. É como se eu pagasse à Amazon 12,99 dólares por mês e pudesse simplesmente entrar lá pegar o que quisesse. É basicamente roubar. As pessoas que administram sites de streaming de música como o Spotify estão roubando dos artistas”.

O baterista deixou claro: “Eu não assino o Spotify. Acho que é onde a música vai morrer. Temos a música lá porque temos que jogar com a p*rra do jogo, mas estou cansado de jogar o jogo. Aproveitamos ao máximo qualquer setor. Como artistas, não temos cobertura de saúde, não temos nada. Eles nos ferraram tanto, que não sei como saímos disso. Você provavelmente ganharia mais dinheiro vendendo limonada na esquina”.

Na entrevista, Benante disse que o Metallica estava certo em decidir iniciar uma ação legal contra o Napster em 2000. “Estavam protegendo sua arte, sua propriedade intelectual para que algum idiota não aparecesse e pegasse sua arte”. Se você pensa em criticar Benante por pensar assim, ele deixa um recado: “Até que você tenha vivido da maneira que vivemos e faça o que fizemos, então você pode comentar sobre isso”.



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