Marcos Almeida traz frescor pop e catarse coletiva em canção profunda sobre luta e persistência

Redação 89

Marcos Almeida traz frescor pop e catarse coletiva em canção profunda sobre luta e persistência imagem divulgação

Tem músicas que já nascem com o fino propósito de serem executadas em coro emocionado por um grande público. Inegavelmente esse é o caso de ‘Leve’, canção composta por Marcos Almeida e uma das dez faixas que integram o álbum ‘Calado’ – novo trabalho do cantor mineiro, previsto para ser lançado no início de 2025.

O mais novo single, lançado nesta terça (12), tem uma letra forte, com ênfase nas sílabas tônicas graves, e um namoro proposital com a poesia concreta dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos. A temática fala sobre o cansaço, a luta e a persistência. Por outro lado, ‘Leve’ evolui para um coral que instiga o público a cantar junto, em palmas ritmadas, resultando em uma catarse emocional ao fim da canção.

“É a letra mais bem acabada entre todas que já produzi, considerando a criação poética. Ironicamente, foi meu processo criativo mais peculiar também. Estava em viagem ao Rio de Janeiro para gravar uma entrevista e, então, comecei a escrever sem ter uma melodia na cabeça, apenas juntando as palavras em torno da mensagem que queria passar”, revela
Almeida

A melodia inicialmente foi pensada como samba – funcionando muito bem, por sinal. No entanto, como o propósito era que ‘Leve’ dialogasse com a identidade musical do álbum ‘Calado’, ela foi naturalmente assumindo novas formas até ganhar sua imbatível versão definitiva, em Indie Rock.

“A melodia foi se aproximando de Bill Withers (cantor norte-americano de blues e soul), com pitadas daquilo que o Trap vem fazendo, e da música nordestina do Repente também. Além, claro, de se amarrar com a harmonia do Folk e do Rock, que são o ambiente do próprio disco”, analisa Marcos.

O toque final veio como mágica. “Quando levei a música para o estúdio, eu e Wanderson Lopez (arranjador mineiro que trabalha no disco) tivemos algumas dificuldades no desenvolvimento da canção, por decisões técnicas providencialmente erradas. Então, por pura intuição, decidimos replicar uma parte da harmonia antes do coro. E isso foi suficiente para dar à música a densidade que ela precisava para chamar para a participação do público”, conta, entusiasmado.

O resultado já é perceptível nos shows, com ampla adesão do público, cantando a plenos pulmões e assumindo a coparticipação do vocal até o grandioso desfecho coletivo. “É uma música que só agora está sendo oficialmente lançada, mas rapidamente já foi adotada pelo público”, comemora o artista.

A música ‘Leve’ é a terceira lançada como single do novo álbum. Em junho deste ano, Marcos já tinha trazido ao mundo ‘Porão’, com uma temática sobre o equilíbrio entre aquilo que precisa ser revelado e a profundidade intacta deste mistério. Em setembro, nasceu ‘Procura’, propondo um diálogo filosófico sobre a busca e o vazio existencial nas redes sociais.
“Classifico ‘Calado’ como um disco maduro, que tem muita qualidade musical de arranjo. Também considero as composições muito bonitas, e que dialogam com muitas outras que já fiz. Além de ter a qualidade de ser pop, de poder reunir as pessoas para cantar junto”, resume.

Além do novo disco, Marcos Almeida coleciona mais de 50 músicas autorais, além de outros números robustos: são mais 90 shows nos principais teatros do país, com mais de 45 mil ingressos vendidos. O artista mineiro está presente também no Spotify, com uma legião de mais de 165 mil ouvintes mensais. Seu canal no Youtube já passa de 225 mil inscritos e seus vídeos, somados, romperam a marca de 74 milhões de visualizações.

Em seu último trabalho, Marcos Almeida esteve na estrada com a turnê Tour 2024, com regravações de clássicos de Lenine, Dominguinhos, da cantora Anastácia, da banda Los Hermanos e de Nelson Cavaquinho, além das suas próprias composições autorais, entre elas os sucessos ‘Sê Valente’ e ‘Vem me socorrer’, parte da trilha sonora da novela Vai na Fé, da TV Globo. Ele também reúne experiências internacionais, tocando em palcos da Alemanha, Portugal, Holanda, Bélgica e Inglaterra.



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