Rinas Francisco lança o provocador EP “Canções de NInar o Fim do Mundo”
O cantor e compositor Rinas Francisco lançou nesta sexta-feira (08) seu novo EP, “Canções de Ninar o Fim do Mundo”, pela Marã Música. O trabalho reflete o momento histórico atual, abordando temas profundos como existencialismo, esoterismo e as angústias contemporâneas, com uma sonoridade única que flerta com o Pop/Rock e explora as influências artísticas do músico.
“Quando pensei em escrever novas músicas, quis partir pelo caminho da história – cada artista reflete a realidade contemporânea que o constrói e o meu caso não é diferente,” Rinas comenta. “Creio que há um sentimento geral de mudança. Estamos todos exaustos com o tempo e o corre-corre… Algo de novo precisa ser feito ou já chegamos no fim de tudo?”
Em uma imersão criativa, Rinas Francisco se isolou para captar cada nuance das canções. “Me afastei dos colegas, amigos e familiares – tudo para a criação e composição do EP. Todos nós precisamos de um momento de ‘reciclagem’ das ideias.” Com isso, ele traz uma proposta sonora inédita, que mistura “um pouco de Lana Del Rey com Roberto Carlos, El Rei”, como o próprio define. O resultado é um EP “dançante e preocupante”, um convite ao questionamento da glamourização e da alienação na música e na sociedade de hoje.
O EP nasce de um ano desafiador para Rinas, que encontrou nas composições um canal de resistência e expressão. “No início desse ano passei por diversas situações que estavam influenciando o fim dos meus trabalhos artísticos,” ele explica. “Mas quando eu pensei que não iria mais conseguir seguir na música, compus a primeira canção. E, como um bom geminiano, não consegui ficar parado.”
Com “Canções de Ninar o Fim do Mundo”, Rinas Francisco propõe uma reflexão crítica em meio à tensão de um mundo em colapso, onde a Música Popular Brasileira se distancia das raízes. “A minha arte reflete o momento histórico que estamos vivendo. E o artista que não medita sobre a gente é apenas um reprodutor. Eu já nem sei mais quem é artista de plástico ou natural, saca?” Rinas provoca. “Enquanto a música popular brasileira se esquiva do fim do mundo, eu canto ele. Salve-se quem puder.”