Os fãs de vinil podem ter sentido o impacto: as vendas desse formato icônico caíram drasticamente em 2024, com uma queda de 33,3% em relação ao ano anterior. Os números de um novo relatório da Billboard, divulgados pelo Consequence.Net, revelam que foram vendidos 23,3 milhões de unidades este ano, em comparação com 34,9 milhões em 2023. Mas o que está por trás dessa desaceleração depois de anos de crescimento constante?
Com os preços dos discos novos e reedições frequentemente chegando a cifras próximas da casa de 100 dólares (cerca de 550 reais), parece que a alta do custo de vida global – inflação, aumento das taxas de juros e contas crescentes – pode estar tornando o vinil um item de luxo fora do alcance para muita gente. Se antes os colecionadores estavam dispostos a pagar alto por edições limitadas e prensagens especiais, agora o cenário econômico está pesando nas escolhas de consumo.
Outro ponto a ser considerado: os discos falsificados retornaram com força recentemente e também podem ter contribuído para o atual cenário de queda nas vendas brutas de vinil.
Vale lembrar ainda que a febre do LPs dos últimos anos foi impulsionada pela nostalgia e por gerações mais jovens descobrindo o formato. Mas como qualquer tendência, chega um ponto em que a euforia pode diminuir. No entanto, o vinil ainda está à frente dos CDs nas vendas, o que mostra que o formato mantém seu apelo entre os colecionadores e os audiófilos.
A pergunta que fica é: o vinil atingiu seu teto de crescimento ou estamos apenas vendo uma correção de mercado? De qualquer forma, esse formato já sobreviveu a inúmeras revoluções tecnológicas e, embora as vendas possam esfriar, é improvável que a “bolacha” desapareça tão cedo do mercado.
This post was last modified on 14 de outubro de 2024 12:03