França lidera batalha pela justiça no mundo do streaming musical

Redação 89

França lidera batalha pela justiça no mundo do streaming musical Imagem: cottonbro studio (via Pexels)

O presidente francês, Emmanuel Macron, reacendeu um debate explosivo sobre a grana que os músicos estão (ou não estão) recebendo nas plataformas de streaming. Em uma entrevista recente à Variety, Macron não poupou palavras ao criticar o atual modelo de remuneração, dizendo que o sistema está “distorcido” e prejudica principalmente os artistas com uma base média de seguidores.

“Hoje, com os serviços de streaming de música, os cantores não recebem uma remuneração justa”, afirmou Macron. Ele deixou claro que enquanto artistas que dominam o topo das paradas se beneficiam bastante, os músicos que têm uma audiência mais modesta acabam ficando com quase nada. Um exemplo disso é o fato de que o Spotify parou de pagar royalties para músicas com menos de 1.000 plays por ano.

O impacto disso é pesado: segundo o Relatório de Música de Fim de Ano de 2023 da Luminate, nada menos que 158,6 milhões de faixas não passaram da marca de 1.000 reproduções em 2023. Tá ligado? Isso significa que uma tonelada de músicos estão fora do jogo quando se trata de receber algo minimamente decente por suas criações.

Mas não pense que a França está só no discurso. Além de criticar, o país já botou em prática um imposto de 1,2% sobre as plataformas de streaming que atuam por lá, como Spotify e Apple Music. A ideia é garantir que uma parte da grana que eles fazem com assinaturas e anúncios volte para os próprios músicos.

Segundo o Music Business Worldwide, o Deezer, um streaming made in France, já começou a implementar um modelo mais justo, focado em pagar melhor os artistas que batem a média de 500 ouvintes por mês.



COMPARTILHE


NOTÍCIAS RELACIONADAS