Tecladista do Dream Theater vê na IA o futuro da criação musical
Jordan Rudess, tecladista do Dream Theater, está explorando novas fronteiras da criação musical através da inteligência artificial (IA). Ele é um dos colaboradores do MIT Media Lab, onde trabalha ao lado de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts no desenvolvimento de novas ferramentas para produção e ensino musical.
Em uma entrevista ao Metal.it da Itália, Rudess abordou o uso de IA na música citando como exemplo o aplicativo Moises, bastante popular entre músicos profissionais e amadores por possibilitar separar faixas de áudio de forma precisa. “A razão pela qual eu o menciono é porque eu amo a tecnologia, mas também porque muitos músicos ao redor do mundo que usam isso não têm ideia de que o Moises é construído sobre IA. Esta é a tecnologia que está na estrutura para tudo o que o Moises faz”, explica o tecladista (via Blabbermouth).
Rudess também mencionou que o preconceito contra essa nova tecnologia é muitas vezes infundado e que o termo “inteligência artificial” não reflete adequadamente o que essa ferramenta realmente faz. Segundo ele, a nomenclatura “leva a uma percepção errada sobre o que está acontecendo no processo criativo e tecnológico”.
Apesar das preocupações no meio musical, especialmente no que diz respeito aos direitos autorais e ao uso não autorizado de músicas para alimentar os modelos de IA, Rudess reconhece a importância dessas questões, mas vê a tecnologia sob outra perspectiva: “Se temos essa nova tecnologia, como podemos usá-la para fazer instrumentos mais expressivos? Como podemos usá-la para nos divertir mais musicalmente? Como podemos envolver mais pessoas na beleza de fazer música por conta própria? E como posso usá-la para estender o que faço no mundo musical e fazer coisas que nunca foram possíveis antes?”.
Por fim, ele destacou seu trabalho com o grupo de pesquisa Responsive Environments do MIT Media Lab. “Estou animado com o que estamos criando no MIT, ajudando a moldar o futuro da música com tecnologia. A ideia é utilizar a IA de forma positiva, criativa e educacional, para ampliar o que é possível fazer no mundo musical”, concluiu o tecladista.