Estadão põe em xeque futuro do rock and roll
O Caderno de Cultura desta segunda-feira (23) do jornal O Estado de S. Paulo trouxe uma “opinião” sobre a edição de 2024 do Rock in Rio, sugerindo que o festival acertou ao deixar o rock de lado, com apenas um dia dedicado para os roqueiros.
“Ruim para os fãs do gênero, melhor para o festival”, disse o jornal. “Ao dedicar um dia para o trap, por exemplo, o Rock in Rio atraiu uma multidão de jovens e começou a olhar para o futuro. Ter Travis Scott no cardápio foi um dos grandes acertos dos organizadores, que viram a Cidade do Rock tomada pelos novos consumidores de um evento que, ao longo do tempo, tornou-se de entretenimento geral”.
O texto segue dizendo que o trap é a música do momento ao redor do mundo. “Já o rock, tem mais passado do que presente. Tudo o que o Rock in Rio não quer é ser um evento de apenas um nicho. Gigantesco, ele precisa ser financeiramente viável”.
O Estadão destacou que a música pop dominou o line-up com Katy Perry, Ed Sheeran, Imagine Dragons e Shawn Mendes como headliners do palco principal. O resultado disso foi uma bolada de dinheiro. Segundo cálculo da FGV, a edição comemorativa dos 40 anos do Rock in Rio gerou um impacto econômico para a cidade do Rio de Janeiro de R$ 2,9 bilhões – praticamente R$ 1 bilhão a mais do que na edição anterior do festival.