David Gilmour, guitarrista do Pink Floyd, concedeu uma entrevista à Rolling Stone, publicada nesta terça-feira (03), na qual fala sobre a venda do catálogo de músicas da banda, que pode render algo na casa de um bilhão de dólares. Ele disse que essa possibilidade existe, mas as negociações estão longe de serem concluídas: “É algo que ainda está em discussão”.
Questionado se ele realmente quer fazer isso, comentou: “Meu sonho é me livrar da tomada de decisões e dos argumentos envolvidos na manutenção do negócio. Se as coisas fossem diferentes… e não estou interessado nisso do ponto de vista financeiro. Só estou interessado nisso para sair do mar de lama que isso se tornou há um bom tempo”.
Gilmour deixou claro que Roger Waters continua sendo um entrave nas negociações do catálogo, porque há um sistema de veto, no qual três pessoas precisam dizer sim. “Mas uma pessoa [está] dizendo não”, ressaltou.
No ano passado, a Variety, apontou que várias questões financeiras, econômicas e fiscais podem ter criado complicações em torno da venda do catálogo do Pink Floyd. Mas as declarações políticas e agressivas de Waters têm um peso enorme para emperrar as negociações com grandes grupos de investimento.
Gilmour foi questionado pela Rolling Stone por que não se falam atualmente, tendo em vista que em 2010 fizeram um show beneficente juntos. “Bem, é algo sobre o qual falarei um dia, mas não vou falar sobre isso agora. É chato. Acabou”, respondeu.
A relação entre os dois músicos ficou tensa no ano passado, depois que a esposa de Gilmour, Polly Samson, acusou Waters no X\Twitter de ser um “antissemita podre”. Sobre essa questão, disse: “As pessoas falam sobre a batalha, mas para mim é uma coisa de mão única que está acontecendo desde que ele saiu com diferentes níveis de intensidade, e Polly sentiu que tinha que dizer sua parte”.