A polêmica em torno do uso de clássicos do rock em campanhas políticas voltou à tona na noite desta quarta-feira (21), quando o governador de Minnesota, Tim Walz, aceitou oficialmente a indicação à vice-presidência dos Estados Unidos na chapa de Kamala Harris, na Convenção Nacional Democrata. Logo após o discurso de Walz, o hino de Neil Youg, “Rockin’ In The Free World”, ecoou pelos alto-falantes da arena. Mas, ao contrário do que costuma acontecer em eventos políticos, dessa vez o lendário cantor aprovou o uso da música.
Neil Young nunca escondeu suas posições políticas e tem um histórico de batalhas contra o uso não autorizado de suas canções. Em 2020, ele chegou a processar Donald Trump para impedir que “Rockin’ In The Free World” fosse tocada em seus eventos de campanha. Desta vez, no entanto, a situação foi diferente. Segundo a âncora da CNN Kaitlan Collins, Walz, um amante de classic rock, escolheu a faixa de 1989 com o aval pessoal de Neil Young. Diferente de outros artistas que têm suas músicas tocadas sem permissão, Young mostrou estar de acordo com o uso, desde que não fosse para a “convenção política errada”.
A aprovação de Neil Young para o uso de sua música na convenção desta semana, que também contou com apresentações de Stevie Wonder, John Legend e Maren Morris, mostra como a questão dos direitos autorais continua sendo um tema quente no mundo da música e da política.
A questão central aqui é clara: artistas têm o direito de escolher quando e onde suas músicas serão usadas, especialmente em contextos que podem sugerir apoio político. E quando uma faixa icônica como “Rockin’ In The Free World” entra em jogo, a autorização do artista faz toda a diferença.
Em 2020, vários artistas mundialmente famosos assinaram uma carta aberta aos partidos Republicano e Democrata exigindo um comprometimento de todos os candidatos de pedir o consentimento dos compositores antes de usar uma música famosa em eventos políticos.
This post was last modified on 23 de agosto de 2024 12:03