Conheça Jo Mouallem, a booker brasileira que trabalha para ‘fazer acontecer’ os artistas nacionais na gringa

Redação 89

Conheça Jo Mouallem, a booker brasileira que trabalha para ‘fazer acontecer’ os artistas nacionais na gringa imagem divulgação

Fluente em inglês e espanhol, Johayna El Mouallem, mais conhecida como Jo, tem trilhado um caminho de sucesso como booker no show business internacional. Fissurada em música desde muito nova, a brasileira, hoje com 30 anos, logo percebeu que gostaria de atuar produzindo bandas, artistas e festivais pelo mundo afora.

Se a carreira na indústria da música já é difícil, Jo ainda preferiu dobrar a aposta. Em 2020, ela deixou uma bem-sucedida carreira em uma startup de influenciadores digitais, na qual trabalhou para importantes marcas como Electrolux, São Paulo Fashion Week, e resolveu migrar para Los Angeles, nos Estados Unidos. Antes, já tinha trabalhado na produção de eventos, fechando com artistas e bandas como Jota Quest, Di Ferreiro, Preta Gil, Banda Eva, entre outros.

Lá, nos EUA, mesmo sem conhecer muita gente do ramo musical, conquistou uma vaga na equipe do lendário Jason Evigan, músico, produtor e compositor conhecido por suas contribuições extraordinárias para a indústria fonográfica. Evigan produziu e compôs para artistas como Maroon 5 (“Girls Like You”), Demi Lovato (“Heart Attack”) e é ganhador de um Grammy com Dua Lipa.

Jason Evigan também forma, ao lado de sua esposa Victoria Evigan, a dupla “Elephant Heart”, de música eletrônica. A brasileira Jo Mouallem atuou diretamente nesse projeto, levando a dupla para festivais como Coachella, Lollapalooza, Chicago, Bonaroo, Lighting in a Bottle entre muitos outros.

O ótimo trabalho com Evigan abriu muitas portas e, assim, Jo Mouallem conquistou vaga na equipe de outra lenda viva da indústria fonográfica mundial e do show business internacional: Mike Caren.

Em mais de duas décadas de carreira, Caren cruzou o caminho e fez acontecer alguns dos maiores artistas da cena atual – artistas do naipe de 2pac, Bruno Mars, Ed Sheeran, Charlie Puth, Kanye West e Beyoncé.

Jo se tornou assistente executiva de Caren, com a responsabilidade de facilitar as ações estratégicas da Artist Partner Group, a APG, criada com objetivo de fornecer uma abordagem mais personalizada para determinados artistas.” Foi uma experiência muito rica, com inúmeros desafios que tive que aprender a lidar e que me deram uma bagagem enorme”, conta.

“Creio que uma das minhas maiores contribuições durante esse período foi a conexão do artista Odetari com o diretor musical AJ, com quem já havia trabalhado anteriormente com o Elephant Heart. Essa parceria entre eles garantiu uma colaboração eficiente e produtiva para o artista iniciar sua tour. Durante meu período, trabalhamos também na criação e lançamento da trilha sonora do filme Velozes e Furiosos 10, não só nos Estados Unidos, mas globalmente”, relembra a booker brasileira, formada em publicidade.

Jo também atuou criando mídia e janela de visibilidade internacional entre a fanbase brasileira e alguns dos maiores talentos da gravadora. Isso aconteceu, por exemplo, com Lexi Jayde, o fenômeno pop de apenas 21 anos, que é sucesso estrondoso no Tik Tok com a música ‘Drunk Text Me’ (em livre tradução, mande-me mensagens bêbado).

“Foram esses trabalhos mais estratégicos que me deram bagagem para entender o mercado americano e os caminhos para operar nesse ecossistema com tantas variáveis e peculiaridades”, diz.

Agora, bem mais experiente, Jo Mouallem voltou suas atenções para possibilitar que artistas brasileiros consigam lançar shows, turnês, eventos e até uma carreira internacional nos Estados Unidos. Quem já está trabalhando com a booker é a banda Gilsons, formada pelos filhos e netos de Gilberto Gil, imortal da Academia Brasileira de Letras.

Sucesso no Brasil desde o lançamento do primeiro EP, Várias Queixas, em 2018, os Gilsons estão nos últimos preparativos para iniciar a turnê internacional pelos Estados Unidos. “Já estamos trabalhando com alguns dos principais artistas brasileiros que querem fazer show nos Estados Unidos. A ideia é que, à medida que conquistamos mais espaço, levarmos mais da nossa cultura para a cena americana, ajudando a construir festivais e carreiras internacionais. O Brasil ainda tem muito o que mostrar ao mundo, sintetiza Jo.



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