Fabio Luma lançou nesta sexta-feira (02) via Marã Música uma nova música, “Pássaro na Mão”. Esta faixa é o décimo primeiro single do projeto “Lapso Lúcido”, que em breve culminará no primeiro álbum do cantor e compositor curitibano.
Inspirada pelo ditado popular “Melhor um pássaro na mão do que dois voando”, a canção “Pássaro na Mão” explora as nuances e contradições desse conselho. Fabio reflete: “Por muito tempo, ouvi, repeti e persegui essa máxima, que criou raízes profundas na minha personalidade. Porém, nos últimos anos, passei a investigar o lado escuro dessa lua, o que me inspirou a compor esta canção.”
O refrão da música é uma provocação direta: “Um pássaro na mão é melhor pra quem? Vamos perguntar pro pássaro também”! Fabio explica que esses versos são uma busca por equilíbrio entre prudência e entrega. “Sinto que a obsessão por controlar o futuro é uma ilusão, enquanto engaiolar todos os riscos pode ser um obstáculo perigoso à descoberta do que nos é essencial, e à realização plena de quem somos.”
A letra da música é rica em imagens evocativas. Menções a um quarto de hotel e a um aeroporto simbolizam não apenas prestígio e materialismo, mas também espaços frios e impessoais. “A imagem do papel em branco no quarto solitário denuncia os sentimentos de angústia como um banquete para a inspiração artística. Apesar da aparente melancolia, vejo nisso uma mensagem positiva sobre o nosso poder de canalizar emoções dolorosas como combustível para a criação de coisas belas, que, por sua vez, podem nos conectar com outras pessoas que passam por situações parecidas, como uma rede invisível (mas sensível) de fraternidade, que nos acolhe,” comenta Fabio.
“Pássaro na Mão” é uma faixa de blues rock com produção musical de Gustavo Arthury. A guitarra slide se destaca ao costurar melodicamente os versos, culminando em uma interpretação emocional que se encerra com uma citação ao clássico “Blackbird” dos The Beatles.
Nascido em Curitiba em 1988, Fabio Luma começou sua jornada musical aos 14 anos, inspirado pelo violão Gianinni de sua mãe. Apaixonou-se pelo rock e blues na adolescência e formou sua primeira banda com amigos de infância. Anos depois, integrou a Indigo Blues, mas as mudanças de cidade dificultaram a continuidade dos projetos. A pandemia foi um período de introspecção que intensificou suas reflexões emocionais e o levou a resgatar poemas e composições esboçadas ao longo da vida, resultando no projeto “Lapso Lúcido”.
“O objetivo de tudo é a conexão através da arte. Dar forma musical às emoções é uma busca por melhor compreender a si mesmo. Sinto grande realização ao ver outras pessoas atribuírem seus próprios sentidos a algo que nasceu tão intimamente,” afirma Fabio.
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