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Gojira defende-se de acusação de satanismo na abertura das Olimpíadas

Willian Maier

Gojira defende-se de acusação de satanismo na abertura das Olimpíadas Imagem: Reprodução Facebook

Joseph Duplantier, guitarrista e vocalista do Gojira, falou sobre as acusações de propagação do satanismo que ele e seus companheiros de banda passaram a enfrentar depois da performance na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, ocorrida na última sexta-feira (26).

O grupo francês de heavy metal apresentou uma versão de “Ah! Ça Ira”, uma canção tradicional da Revolução Francesa, ao lado da cantora de ópera Marina Viotti e de várias figuras decapitadas representando a rainha Maria Antonieta, numa apresentação que irritou religiosos conservadores, que rapidamente a rotularam de “satânica”.

Questionado em uma nova entrevista para a Rolling Stone sobre as críticas relacionadas ao satanismo, Duplantier respondeu: “Não é nada disso. É a história francesa. É o charme francês, você sabe, pessoas decapitadas, vinho tinto e sangue por todo o lugar – é romântico, é normal. Não há nada satânico [risos]”.

Ele continuou: “A França é um país que fez uma separação entre o Estado e a religião durante a revolução. E isso é algo muito importante na fundação da França republicana. Nós chamamos isso de laicidade. É quando o estado não é mais religioso, portanto, é livre em termos de expressão e simbolismo. É tudo uma questão de história e fatos. Não olhamos muito de perto para o simbolismo em termos de religião”.

Sobre a escolha da canção “Ah! Ça Ira”, Joseph revelou: “Não fomos nós… Estávamos no escuro quando se tratava de toda a cerimônia. Estávamos apenas nos concentrando naquela foto e naquele momento de Maria Antonieta. Não sabíamos como seria ou como se encaixaria em uma performance inteira”.

Na entrevista, o cantor disse ainda que foi uma surpresa para o Gojira ser escolhido como representante do metal para uma abertura olímpica: “Penso sobre bandas como Metallica ou AC/DC, que são nomes familiares e potências em nosso gênero que todos nós reverenciamos e são nossos heróis. Nunca nos consideramos a maior banda do mundo que seria digna de tocar nas Olimpíadas ou algo assim”.



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