Tom Morello diz que é hora de quem curte heavy metal mudar o mundo

Tom Morello, guitarrista, do Rage Against The Machine, foi o destaque da coletiva de imprensa do Hellfest, neste último fim de semana, em Clisson, na França. Conhecido por seu ativismo político, o músico falou sobre por que passou sua carreira não apenas fazendo música, mas também tentando fazer a diferença na vida de outras pessoas.

Segundo transcrição feita pela Balbbermouth.Net, Morello fez questão de deixar claro que em sua discografia há uma mensagem para mudança do mundo que encoraja a ação: “Vocês não são testemunhas da história, vocês são agentes da história. A história não é algo que aconteceu, é algo que você faz”.

Ele comentou que uma vez que você tem essa percepção de que tem em suas mãos a roda da história, é capaz de transformá-la: “Se você quer tornar o mundo um lugar mais pacífico, mais justo, mais equitativo, mais antirracista, mais ambientalmente correto, não há ninguém para culpar se isso não acontecer, apenas você por não se levantar”.

Morello fez questão de dizer que a mudança social sempre foi sua principal motivação para fazer música e abordou as críticas que suas composições recebem: “Algumas pessoas dizem: ‘Vocês fizeram discos do RATM há 30 anos e olhem para o estado horrível do mundo agora’. Imagine como seria se não fizéssemos isso há 30 anos. A todo momento, você faz o que pode, quando pode, onde pode. É assim que eu vejo isso”. Na sequência, fez um desafio aos amantes do heavy metal: “Literalmente o destino do planeta está em jogo ao longo das próximas décadas. Então, é hora de os metaleiros se unirem”.

Ele finalizou comentando que o mundo já passou por momentos difíceis antes. “E quando saímos do lado certo da história, é porque pessoas como você, mesmo em momentos em que podiam se desesperar, não se desesperaram. É assim que o mundo muda… Não se desesperem, ajam”.

Na semana passada, Morello lançou seu novo single solo, “Soldier In The Army Of Love“, coescrito com seu Roman. A letra da canção destaca a desigualdade social e sugere que poder do amor é capaz de fazer coisas como fascistas rastejarem.

Redação 89: