O novo álbum do Pearl Jam “Dark Matter” chegou na madrugada desta sexta-feira (19) às plataformas digitais. Este 12º álbum de estúdio da lendária banda de Seattle, o sucessor de “Gigaton”, de 2020, conta com produção de Andrew Watt, mesmo produtor dos mais recentes álbuns de Ozzy Osbourne, Iggy Pop e Rolling Stones.
A escolha de Watt foi fundamental para que no início deste ano, enquanto a banda mostrava seu novo trabalho para convidados no Troubadour Club, em Los Angeles, o vocalista Eddie Vedder declarasse que este era, sem dúvidas, o melhor disco que a banda havia produzido em anos.
Watt encorajou os caras do Pearl Jam revisitar e reavaliar seus primeiros álbuns: “Ten”, “Vs” e “Vitalogy” visando extrair dessas obras uma energia suficiente para embarcar num trabalho que seria marcado pela verdadeira essência do grupo.
O guitarrista Mike McCready explicou como nasceu esse resgate pela energia dos primeiros discos: “Andrew nos levou a tocar de forma mais dura, melódica e pensativa como não fazíamos há muito tempo. Sinto que a bateria de Matt Cameron tem elementos do que ele fez com o Soundgarden. E para o bem ou para o mal há muito mais da minha guitarra neste novo trabalho”.
As amostras da faixa-título e do single “Running” entregaram a atmosfera energética da banda no novo disco, assim como a faixa “Wreckage”, liberada esta semana, revelou que algo mais despojado também estaria presente neste álbum.
As faixas “Won’t Tell” e “Something Special” seguem essa mesma pegada do último single, mas “Dark Matter” é realmente calcado no som noventista do Pearl Jam como em “Scared Of Fear” e “React, Respond”. As faixas “Upper Hand” e “Setting Sun” mergulham em lados mais experimentais, mas há muito do grupo nelas também.
Se “Dark Matter” não é um dos melhores álbuns do Pearl Jam, pode-se dizer que ele é um álbum que mostra que uma banda que ajudou a solidificar o rock há três décadas ainda continua produzindo músicas de altíssima qualidade.
This post was last modified on 19 de abril de 2024 12:03