Facebook é acusado de ter permitido à Netflix acessar mensagens privadas de usuários

Imagem: Luca Sammarco (Pexels)

A rede social Facebook supostamente permitiu que a Netflix acessasse as mensagens diretas de seus usuários por quase uma década, quebrando atividades anticompetitivas e regras de privacidade, afirmam documentos judiciais revelados pela imprensa dos Estados Unidos.

De acordo com reportagem da Fox Business, os documentos fazem parte de um grande processo antitruste movido pelos cidadãos americanos Maximilian Klein e Sarah Grabert, que afirmam que Netflix e Facebook “desfrutaram de uma relação especial” para que a Netflix pudesse adaptar melhor seus anúncios com o Facebook. A ação exige que o tribunal responda às reivindicações dos autores.

“Por quase uma década, Netflix e Facebook tiveram uma relação especial. Netflix comprou centenas de milhões de dólares em anúncios no Facebook; celebrou uma série de acordos de compartilhamento de dados com o Facebook; recebeu acesso sob medida a APIs privadas do Facebook; e concordou com parcerias e integrações personalizadas que ajudaram a turbinar os modelos de segmentação e classificação de anúncios do Facebook”, afirma o processo.

APIs (application programming interface) são peças de software que permitem que dois ou mais programas de computador ou componentes se comuniquem e compartilhem informações entre si.

O processo também alega que o cofundador da Netflix, Reed Hastings, se juntou ao conselho de administração do Facebook e depois foi fundamental para o fechamento do Facebook Watch, que era um concorrente direto do serviço de streaming da Netflix.

“A Meta não compartilhou as mensagens privadas das pessoas com a Netflix”, disse um porta-voz da empresa que comanda o Facebook à Fox Business, destacando que o acordo permitia que as pessoas enviassem mensagens a seus amigos no Facebook sobre o que estavam assistindo na Netflix, diretamente do aplicativo Netflix. “Tais acordos são comuns no setor. Estamos confiantes de que os fatos mostrarão que essa denúncia não tem mérito”. A FOX Business não obteve uma resposta da Netflix.

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