Pete Townshend, guitarrista do The Who, foi entrevistado neste fim de semana pelo The New York Times e abordou a possibilidade de uma turnê final da banda.
Sobre seus sentimentos de pegar a estrada novamente, disse: “Sinto que há uma coisa que o Who pode fazer, e essa é uma turnê final onde tocaremos em todos os territórios do mundo e depois rastejaremos para morrer”.
Mas essa turnê pode rolar? Pode! Townshend foi sincero ao dizer que faz shows motivado pelo lado financeiro: “Se eu for realmente honesto, tenho feito turnês pelo dinheiro. Minha ideia de um estilo de vida comum é bastante elevada”.
Twonshend também admite que levar o The Who ao palco com seus integrantes bastante envelhecidos, não é uma experiência boa para quem não conhece a banda: “The Who não é [o vocalista Roger] Daltrey e Townshend no palco aos 80 anos, fingindo serem jovens. Somos nós quatro em 1964, quando tínhamos 18 ou 19 anos. Se você quiser ver o mito de Who, deve aguardar por um show de avatares. Seria bom!”.
O guitarrista também refletiu sobre estrelas do rock que continuam a se apresentar, apesar da idade avançada: “Descobri, surpresa, surpresa, que o rock’n’roll é muito bom em lidar com as dificuldades do envelhecimento. Ver Keith Richards no palco, tentando fazer o que ele fazia – é perturbador, comovente, mas também delicioso”.
Townshend não descartou o lançamento de músicas novas por parte dele e da banda, mesmo que isso tenha sido algo raro nas últimas quatro décadas. Ele deixa claro que mesmo não colocando nada no mercado, esteve criativo nesse período: “Tenho cerca de 500 títulos que posso lançar online, a maioria coisas inacabadas”. No ano passado, numa entrevista ao podcast “Broken Record”, o músico não descartou utilizar inteligência artificial em seus próximos trabalhos.
This post was last modified on 25 de março de 2024 12:03