É proibido chamar Elvis Presley digital de Holograma; ele canta, fala, dança e caminha
No início deste ano, os fãs de Elvis Presley foram impactados com o anúncio do espetáculo “Elvis Evolution”, que estreará em novembro em um teatro de Londres, na Inglaterra, levando ao palco um Rei do Rock em formato digital. Só que muita gente da imprensa publicou que “Elvis voltaria ao palco na forma de um holograma”, o que deixou puto da cara Andrew McGuinness, CEO e fundador da Layered Reality, empresa britânica de tecnologia que está por trás do evento.
Ouvido pela NPR, a rádio pública dos Estados Unidos, McGuinness comenta que não podemos dizer “holograma” no caso deste novo espetáculo. “Hologramas são imagens estáticas tridimensionais criadas pela tecnologia laser”, diz a matéria, explicando que a nova tecnologia que está desenvolvendo o Elvis Presley 2024 pode ser dividida essencialmente em duas partes, conforme o empresário relata: “Em primeiro lugar, como vamos criar o conteúdo. E é aí que entra a IA [inteligência Artificial]”
McGuinness disse que sua empresa adquiriu os direitos globais para a criação de uma experiência de entretenimento imersiva baseada em Elvis e sua história e, como resultado, está alimentando todo tipo de material dos arquivos oficiais do astro – centenas de horas de filmagens, fotos, músicas – em um modelo de computador. “Este modelo efetivamente aprende em detalhes minuciosos como Elvis canta, fala, dança e caminha. Então, por exemplo, se uma performance de Elvis foi originalmente filmada de frente, seremos capazes de mostrar um ângulo de câmera por trás que nunca foi realmente filmado”, disse o empresário.
A segunda parte do processo envolve entregar esse Elvis municiado de muita IA de uma forma que o faça parecer real para o público dentro do teatro. Segundo McGuinness, outras técnicas de apresentação serão empregadas, “incluindo um velho truque de palco chamado Pepper’s Ghost”. Trata-se de um trabalho de ilusionismo com espelhos desenvolvido em 1862 que será combinado com novas tecnologias.
Na época do lançamento, McGuinness comentou que o concerto foi concebido porque atualmente as pessoas não querem mais sentar e receber entretenimento passivamente, elas querem fazer parte do show: “Será uma experiência de criação de memória que será um item da lista de desejos para fãs e admiradores de Elvis em todo o mundo”.