O U2 interrompeu seu show no último sábado (17) na Grande Esfera de Las Vegas para fazer duras críticas ao presidente russo Vladmir Putin e prestar uma homenagem ao líder da oposição na Rússia Alexei Navalny, que foi preso em uma colônia penal do país, onde morreu de forma misteriosa na última sexta-feira (16).
O vocalista Bono fez uma pausa na apresentação musical e se dirigiu ao público para lembrar do conflito na Ucrânia. “Na próxima semana, completam-se dois anos desde que Putin invadiu e tentou destruir as liberdades duramente conquistadas do povo ucraniano… Em seguida será a Polônia, depois será a Lituânia, a Alemanha Oriental. Quem sabe para onde esse homem irá?”, disse o cantor em vídeos que circularam pelas redes sociais neste fim de semana.
Em seu discurso, Bono acrescentou: “Para essas pessoas, liberdade não é apenas uma palavra em uma música. Para essas pessoas, liberdade é a palavra mais importante do mundo, tão importante que os ucranianos estão lutando e morrendo por ela. E é tão importante que Alexei Navalny tenha optado por resistir”, acrescentou ele, referindo-se à decisão de Navalny de regressar à Rússia em 2021, onde foi imediatamente detido e encarcerado.
O vocalista do U2 pediu que as pessoas gritassem o nome de “Alexei Navalny”, ao dizer: “Aparentemente, Putin nunca, nunca diria seu nome. Então eu pensei que esta noite, as pessoas livres, daqui, pessoas que acreditam na liberdade, deveriam dizer o nome dele”. O grito de liberdade antecedeu a versão de “Don’t Dream It’s Over, do Crowded House, que anda sendo executada nas últimas apresentações da banda por conta de abordar o tema da “liberdade”, uma palavra que, segundo Bono, precisa ser maximizada hoje no mundo.
This post was last modified on 19 de fevereiro de 2024 12:03