Barack Obama diz que IA vai funcionar bem só para “música de elevador”
Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, avaliou o impacto da inteligência artificial (IA) na criação musical durante um episódio recente do podcast “Decoder”, do site The Verge. Nele, Obama discute as regulamentações de IA, a liberdade de expressão e suas previsões para o futuro da internet.
“As pessoas me perguntaram em torno da IA: ‘Ainda haverá artistas por perto, cantores e atores, ou tudo será coisa gerada por computador?'”, diz ele. “Minha resposta é: ‘Para música de elevador, a IA vai funcionar bem'”.
Obama, que é conhecido por ter um apurado gosto musical em suas playlists disponibilizadas em todo fim de ano, reitera que a tecnologia de IA tem a capacidade apenas de fazer música “previsível”, em vez de música “estranha” ou “bagunçada”. Ele explica: “Bob Dylan ou Stevie Wonder, eles são diferentes. A razão é porque parte da experiência humana, parte do gênio humano é quase uma mutação. Não é previsível. É bagunçado, é novo, é diferente, é bruto, é estranho. Isso é o que acaba tocando algo mais profundo em nós, e acho que haverá um mercado para isso”.
Os comentários de Obama são próximos ao de Jamie MacColl, guitarrista do Bombay Bicycle Club, que é também pesquisador em segurança cibernética. Numa entrevista ao The News Movement no Reading Festival deste ano, ele disse que aqueles que têm talento podem ficar despreocupados com a IA: “Música de elevador ou música comercial é onde você verá pessoas perdendo o emprego” (via Music Tech).