Amy Lee diz que rap em “Bring Me To Life” foi algo “difícil de engolir”

Redação 89

Amy Lee diz que rap em “Bring Me To Life” foi algo “difícil de engolir” imagem divulgação

Amy Lee, vocalista do Evanescence, comentou sobre o trecho de rap presente em “Bring Me to Life”, single de estreia da banda, que contou com a participação especial de Paul McCoy, vocalista do 12 Stones.

Indiscutivelmente essa é a mais famosa música da banda e uma das primeiras composições de Amy, criada quando tinha apenas 19 anos de idade, inspirando-se em experiências e emoções profundamente pessoais. Quando o álbum de estreia do EvanescenceFallen, estava sendo gravado, Amy foi confrontada com uma decisão difícil da gravadora: “Bring Me to Life” tinha todos os ingredientes de um grande sucesso, mas precisava ser comercializável no cenário dominado pelo nu-metal e, portanto, tinha que conter uma parte com rap.

Numa nova entrevista para o Metal Hammer, Amy falou sobre a frustração que sentiu com essa imposição: “Essa parte, esse som, esse não é o meu estilo. É por isso que foi uma coisa muito difícil de engolir, mesmo em uma música. Mas vencemos porque não tivemos que mudar toda a nossa sonoridade”.

Ela explicou por que não inclui mais “Bring Me to Life” nos setlists do Evanescence: “Parei de tocá-la há muito tempo. Nós nunca realmente a fizemos. Quando estamos em turnê e temos alguém que se encaixa nela, essa pessoa entra na música. Estávamos em turnê com o P.O.D. e tivemos Sonny [Sandoval, vocalista] se apresentando algumas vezes. E, obviamente, se estivermos na mesma cidade que Paul [McCoy], que originalmente fez a gravação, vamos fazer com que ele apareça, porque é divertido, é legal e nostálgico”.

Questionada sobre a cena do nu-metal em que a banda, de uma certa forma, acabou sendo inserida no início de carreira, a cantora disse que, na época, entendeu a necessidade de colocar certos elementos na canção, mas ponderou: “Se você está fazendo certo, cada banda é única e tem uma cor ligeiramente diferente de qualquer outra coisa. Uma das perguntas que me fizeram muito na minha vida é: ‘Como você definiria seu som? Como você chamaria seu gênero?’ Eu não sei como fazer isso. Quero sempre manter a capacidade e a liberdade de fazer algo que nunca fiz antes”.

A batalha do Evanescence com sua gravadora no início de carreira foi destacada em 2021 por Amy numa entrevista ao Alternative Press, onde ela revelou que os empresários queriam que a banda soasse como um “Linkin Park feminino” (AQUI).

A canção “Bring Me to Life” foi incluída na trilha sonora do filme O Demolidor, atingindo o 5º lugar na Billboard Hot 100 dos EUA. O disco Fallen vendeu 17 milhões de cópias e ganhou dois Grammys, incluindo “Melhor Performance de Rock” por “Bring Me To Life”.



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