Måneskin rebate acusações de queerbaiting

Redação 89

Måneskin rebate acusações de queerbaiting imagem divulgação

O Måneskin esteve sob os holofotes neste início de ano quando intensificou as ações promocionais em cima de seu novo álbum de estúdio RUSH!, que chegou na última sexta-feira (20) aos serviços de streaming. Entre as ações, esteve um “casamento entre os integrantes do grupo“, que movimentou a imprensa e sua base de fãs na véspera do lançamento em Roma, na Itália.

Embora dois membros do Måneskin, a baixista Victoria de Angelis e o baterista Ethan Torchio, pertençam à comunidade LGBTQ+, o vocalista Damiano David e o guitarrista Thomas Raggi são heterossexuais que adotam um estilo mais fluido de gênero, conhecido como queer. Por conta da grande exposição da banda, eles acabaram recebendo acusações nas redes sociais de queerbaiting, uma prática de apropriação da causa LGBTQIA+ para ter algum retorno financeiro ou de popularidade, sem de fato defender a comunidade.

Numa entrevista publicada neste fim de semana pelo The Guardian, de Angelis disse: “Há alguns casos em que isso acontece, mas às vezes [as acusações são] tão extremas. É estúpido para as pessoas queer, que deveriam lutar contra esses estereótipos, rotulá-lo como isso e criar mais ódio. O fato de [Raggi e David] serem heterossexuais não significa que eles não possam usar maquiagem ou saltos”.

David argumenta na entrevista ao jornal britânico: “Tudo o que eu e Thomas fazemos é sempre filtrado por duas pessoas que são [queer]. É claro que não experimentamos as mesmas coisas, mas vivemos todos os dias muito de perto com as pessoas da comunidade”.

O Måneskin também deixou claro que sua exposição representa uma visão moderna do que é o rock’n’roll no século 21. “Acho que a visão que as pessoas têm de nós, e de mim, é muito fora do alvo”, diz David, acrescentando: “As pessoas pensam que nos comportamos como os Sex Pistols, ou o Mötley Crüe, mas não somos nada disso… Temos mais educação sobre os riscos das drogas e como elas afetam seu corpo. Eu nem bebo mais álcool”.

A entrevista na íntegra – em inglês – pode ser conferida AQUI.



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