Lançado pela Editora Noir, o livro Quando Éramos Iguais: Memórias de uma geração que usou Kichute, organizado pelo escritor Gonçalo Junior, promete resgatar a memória afetiva dos leitores que viram a popularização do calçado, famoso durante o regime militar.
Junho de 1970. Copa do Mundo de Futebol no México. Brasil Tricampeão. Um ditador feroz apaixonado por futebol chamado Emílio Garrastazu Médici tira proveito da conquista. Um tênis tosco de borracha que imita chuteira chega às lojas, enquanto isso. É o Kichute, que se tornaria o calçado mais popular do país por duas décadas.
Longe do horror que foi o regime militar (1964-1985), em que havia poucas opções de calçados para as crianças – Kichute ou Conga? –, esse livro é o retrato carinhoso, cativante e inesquecível de pessoas que cresceram entre as décadas de 1970 e 1980 com o Kichute nos pés. Meninos e meninas que o adotaram também como parte do uniforme escolar. Até nove milhões de pares chegaram a ser vendidos todos os anos em todo país.
Um time de 54 pessoas de ambos os sexos, diferentes classes sociais e de escolaridade, entre 40 e 60 anos de idade, aceitou o convite para relembrar como foi correr, brincar, jogar bola, ir à escola ou à igreja com seu inseparável Kichute. São jornalistas, escritores, apresentador de TV, arquitetos, professores, cartunistas, donas de casa e vendedores que voltaram no tempo para lembrar a infância, com seus prazeres, tristezas e incoerências ou contrastes.
O leitor terá altas doses de emoção nesse volume que é a história oral de um tempo em que um simples calçado, sem beleza alguma, fez todos parecerem iguais – ricos e pobres, negros e brancos, crentes e ateus. Uma época que podemos chamar de Geração Kichute.
Serviço:
Quando Éramos Iguais: Memórias de uma geração que usou Kichute
Organizado por Gonçalo Junior
Editora Noir
ISBN: 978-6589482161
144 páginas
R$ 59,90
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