O espólio de Kurt Cobain criticou uma recente adaptação teatral do filme Last Days, de Gus Van Sant. A produção cinematográfica de 2005 conta com Michael Pitt como protagonista e é um relato fictício dos últimos dias do líder do Nirvana, que cometeu suicídio em 1994.
A Royal Opera House de Londres encenou uma ópera baseada no filme no início deste mês no Linbury Theatre, entre 7 e 11 de outubro. Ela foi composta por Oliver Leith com um libreto de Matt Copson, que codirigiu a adaptação junto com Anna Morrisey.
Em um comunicado fornecido ao Daily Mail (via NME), um representante da propriedade de Cobain colocou em xeque os direitos autorais. Ele disse que a produção foi “criada e escrita sem a permissão ou a consulta do espólio de Cobain”, acrescentando: “Infelizmente, é uma tentativa não autorizada que busca lucrar e se beneficiar de um caso que ocorreu há 30 anos”.
Embora não tenha recebido uma ameaça de processo na justiça, um porta-voz da Royal Opera House emitiu um comunicado reiterando que a produção de Last Days é uma adaptação do filme de Van Sant de 2005 e, portanto, não tem relação direta com Cobain. “É um relato de ficção que foi produzido com as permissões de Gus Van Sant e da HBO”, diz o texto.
Recentemente, a novaiorquina Caroline Polachek lançou uma ária intitulada “Non Voglio Mai Vedere Il Sole Tramontare”, que integra a ópera criticada pelo espólio do saudoso vocalista do Nirvana (AQUI).