Cientistas analisam turnê do Massive Attack e fazem recomendações para reduzir impacto ambiental na música ao vivo
Cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, acabam de apresentam uma série de recomendações sobre como mitigar o impacto ambiental das turnês musicais. O relatório que leva o nome de “Super-Low Carbon Live Music” foi feito com base de dados coletados na última turnê da banda Massive Attack.
O documento recomenda que os artistas viajem de trem sempre que possível e reduzam a quantidade de equipamentos com os qual transitam. Também destaca que as casas de espetáculos passem a utilizar energia renovável, ofereçam bicicletários e incentivem os fãs a viajar para shows de transporte público.
O estudo foi encomendado pelo Massive Attack em 2019, com a banda dizendo que tinha trabalhado a compensação de carbono em suas finanças de turnê por anos, mas sentia que não estava fazendo o suficiente.
Embora o relatório faça inúmeras recomendações para os artistas e para o mercado de música ao vivo, Robert Del Naja, do Massive Attack, criticou especificamente o governo britânico por não fazer o suficiente para apoiar a indústria a trabalhar de forma sustentável.
“A indústria da música ao vivo [britânica], especialmente depois do Brexit, é tão importante para a identidade nacional e a autoestima”, disse ele. “É uma das poucas áreas que você poderia descrever como genuinamente de classe mundial e tem um vasto valor social e econômico, como bem relatado, gerando mais de £ 4,6 bilhões [mais de R$ 33 bilhões] para a economia a cada ano e empregando milhares de pessoas dedicadas”.
A professora Carly McLachlan, que liderou a pesquisa, também comenta: “Fomos recebidos com muito entusiasmo no setor e muitos [artistas] já estão trabalhando neste sentido. Quando as pessoas fazem muitas dessas adaptações começa a se tornar uma prática normal”.
A íntegra do relatório “Super-Low Carbon Live Music” pode ser lida (em inglês) AQUI.