O rapper Tom MacDonald aproveitou um recente leilão de NFT de Eminem e não apenas comprar um de seus instrumentais originais, mas transformar esse produto em uma nova música.
A batida de “Slim Shady” se transformou em “Dear Slim”, uma ode de três minutos ao videoclipe original de “Stan” lançado em 2000. O vídeo mostra MacDonald realizando uma continuação direta do que aconteceu no final do clássico clipe, quando o personagem-título dirigiu seu carro para fora de uma ponte.
Mas o que está em questão não é a homenagem ou citações presentes no novo videoclipe e sim os beats que foram arrematados por 100 mil dólares via NFT.
A faixa e o vídeo viralizaram e tem ajudado MacDonald, que é um rapper emergente com 8 discos lançados, a aumentar sua base de fãs. Tudo graças a uma batida de Eminem que agora ele é o dono, ou parece que é, já que a questão legal em torno dos NFTs ainda não está claro.
O Bitcoinst.Com destaque que há um contrato inteligente que serve como um certificado de autenticidade e diz que MacDonald é o dono legal dessa peça de música. Mas, ele pode explorá-lo? Ele pode alegar legalmente que sua música é “produzida por Eminem“? Ele pode ganhar dinheiro com o nome do Eminem? O contrato de Eminem o impede de colaborar com artistas fora de sua gravadora? Essas são questões ainda sem respostas e que darão muito pano pra manga.
O certo é que estamos em um terreno inexplorado das artes e como é um momento de transição, todos os casos abrirão precedentes para o que é possível em um futuro próximo. “Apesar da clara rastreabilidade, ainda há enorme incerteza sobre como os direitos e a propriedade dos criadores originais – de compositores e produtores – se aplicam em uma venda de NFT que inclui música”, diz o site.