Sucesso do Clubhouse tem relação com “fadiga da tela”, aponta reportagem do The Verge
O fascínio que a rede social de chats de voz Clubhouse vem causando nos últimos meses foi tema de uma grande reportagem do site The Verge. A jornalista Ashley Carman tentou saber como o aplicativo consegue envolver milhões de pessoas na ideia de passar o tempo falando com estranhos. O app somente para convidados, que só é acessível através de dispositivos iOS, estreou em março de 2020, exatamente quando as pessoas começaram a conviver com o distanciamento social.
O fato de poder falar diretamente com celebridades é o principal ponto de sedução do Clubhouse. No entanto, a reportagem destaca que a pandemia acabou cedendo a um segundo fator crítico para o sucesso do aplicativo: a fadiga da tela. “A maioria das pessoas faria qualquer coisa para não olhar para uma tela mais do que já fazem. Estamos quase sempre olhando para ela”, diz o texto de Carman.
E tudo indica que neste novo mundo poderemos ter a máxima de que a imagem não é nada, voz é tudo. “Você pode realmente ler a voz de alguém como se fosse o seu DNA. Então, se alguém está mentindo, você pode saber. Se alguém é puro e tem grandes intenções, você pode saber através de sua voz e o Clubhouse realmente vende essa dinâmica muito bem”, diz um dos usuários entrevistados pela jornalista.
A questão para o Clubhouse é se ele vai manter seu apelo após a pandemia, já que sua ascensão levou empresas de mídia social como Facebook, Telegran e Linkedin a desenvolverem em suas próprias versões de chats de voz. Recentemente, o Twitter discutiu uma possibilidade de compra do Clubhouse por cerca de US$ 4 bilhões, mais de R$ 22 bilhões.