Para Tony Iommi, Metallica é exemplo de banda que não deixa o rock morrer
Tony Iommi, guitarrista do Black Sabbath, discorda da ideia disseminada por declarações de Gene Simmons, do Kiss, apontando para a “morte do rock”. Numa conversa com o Consequence of Sound ele disse: “Eu não acho que o rock vai morrer. Isso já foi dito há anos. Quantas vezes ouvi essa afirmação nos últimos 50 anos? Isso realmente faz muito tempo”.
O inventor de riffs clássicos do heavy metal acrescentou: “Acho que a boa música não vai acabar. Sempre haverá um mercado para isso. Haverá uma quantidade de bandas que vão cair no esquecimento — como sempre houve, sempre haverá. Mas há certas bandas vão se destacar por aí. Você tem o Metallica em alta. Eles não vão embora. Eles têm muitos fãs, uma grande base de fãs. Há muitas bandas por aí. Não, essa música não vai desaparecer”.
O exemplo do Metallica dado por Iommi é muito bom, no entanto, acaba reforçando a tese de Gene Simmons, que é a seguinte: como todo mundo ainda hoje conhece Elvis Presley ou os Beatles, então, fica claro que o que foi feito lá atrás parece ter sido melhor lapidado do que as produções das últimas décadas.
As declarações de “morte do rock” de Simmons ganharam destaque em recentes entrevistas, mas a primeira vez que ele disse isso em alto e bom tom foi em 2014, num bate-papo com a revista Wired. E isso parece ter se tornado uma profecia, porque sete anos se passaram e nenhuma banda de rock conseguiu atingir o mainstream. Mesmo com o sucesso de nomes como Greta Van Fleet, não há hoje bandas formadas recentemente com uma base de fãs capaz de lotar estádios.