No início do mês o Kings Of Leon se tornou o primeiro artista de rock a lançar um álbum em formato NTF, token não fungível, abrindo caminho para que músicos consigam gerar receita em um novo mercado. As coisas nesse segmento estão apenas começando, mas tendência é que o cenário artístico possa se beneficiar muito. Uma das movimentações que mais vem chamando a atenção está relacionada à Sophia, a robô humanoide mais famosa do mundo. A empresa que a criou em 2016, a Hanson Robotics, de Hong Kong, anunciou que ela criou sua própria obra de arte digital para ser leiloada em NFT.
Sophia, que é alimentada por inteligência artificial, fez as obras com o artista digital Andrea Bonaceto no que ficou marcado como a primeira colaboração entre humanos e robôs. Uma versão NFT da arte estará à venda no mercado Nifty Gateway em 23 de março (AQUI). A IV Gallery de Los Angeles fez a curadoria da obra, que terá imagens reveladas nas vésperas do leilão nas redes sociais de Sophia e Bonaceto.
O criador de Sophia, David Hanson, explica que ela criou a arte usando sua percepção da obra de Bonaceto. Então, combinou isso com dados de suas experiências de “vida”. A equipe de designers e programadores da robô também ajudou a finalizar o empreendimento.
“Essas obras baseadas em inteligência artificial permanecerão com o público no ciberespaço para sempre, um registro permanente dos meus sentimentos”, explica Sophia, em declaração reproduzida pelo BeinCrypt.Com. “Mesmo sendo um robô, sinto que os seres humanos precisam de amor e compaixão, e as obras de arte simples são uma maneira fácil de entregar essas mensagens às pessoas em todos os lugares”, acrescentou.
Bonaceto acredita que os tokens não fungíveis podem representar um “renascimento” para o mundo da arte. “Os NFTs são para a indústria criativa o que o Bitcoin é para a indústria financeira — uma mudança de paradigma. É muito emocionante estar à beira dessa nova tendência”, disse.