Organização de músicos realiza protesto global contra o Spotify
A UMAW (Union of Musicians and Allied Workers), uma organização que trabalha como uma espécie de sindicato global dos músicos, organizou nesta segunda-feira (15) uma série de protestos globais contra o Spotify.
Diversas manifestações foram organizadas em frente aos escritórios da empresa de streaming em todas as partes do mundo, pedindo maior transparência em seus métodos de negócios.
A gigantesca plataforma de áudio anda sendo severamente criticada por conta do seu programa de royalties, o que muitos consideram um método injusto para pagar músicos.
A organização quer obter um modelo de pagamento centrado no usuário, elevando o preço de um único fluxo para um centavo, juntamente com o fim das ações judiciais movidas contra os músicos.
Os protestos ocorreram em 10 cidades dos Estados Unidos, junto de outras localidades na Austrália, Europa, Ásia e América Latina, incluindo a cidade de São Paulo.
A campanha de justiça no Spotify foi lançada em outubro de 2020 pela UMAW, e desde então ganhou cerca de 28.000 assinaturas de artistas e outros membros da indústria musical.
A organizadora do movimento, Mary Regalado, diz em comunicado reproduzido pelo site da revista Clash: “O Spotify há muito maltrata os trabalhadores da música, mas a pandemia colocou a exploração em um nível gritante… A empresa triplicou de valor durante a pandemia, ao mesmo tempo em que não conseguiu aumentar suas taxas de pagamento aos artistas em até uma fração de um centavo. Músicos de todo o mundo estão desempregados agora, enquanto os gigantes da tecnologia dominando a indústria recebem bilhões. O trabalho musical é trabalho, e estamos pedindo para ser pago de forma justa por esse trabalho”.
São Paulo exige #JustiçaNoSpotify #JusticeAtSpotify pic.twitter.com/vVDpcAzsH5
— Union of Musicians and Allied Workers (@UMAW_) March 16, 2021