Village People lamenta uso de suas músicas na despedida de Donald Trump
Nos quatro anos em que este no poder, Donald Trump arrumou briga com diversos músicos por utilizar canções sem permissão em eventos políticos. Nesta quarta-feira (20), para encerrar seu mandato como presidente dos Estados Unidos, ele fez um discurso e utilizou os clássicos dos anos 70 “Y.M.C.A.” e “Macho Man”, do Village People.
O lendário grupo de disco music foi ouvido pelo TMZ e informou que pediu para que Trump parasse de usar suas músicas há muito tempo. “No entanto, como ele é um valentão, nosso pedido foi ignorado”, disse o Village People, acrescentando: “Felizmente ele está fora do cargo, então parece que seu uso abusivo de nossa música finalmente terminou. Esperamos liderar uma mudança na lei de direitos autorais que dará aos artistas e editores mais controle sobre quem pode ou não usar nossa música no espaço público”.
That’s a wrap, folks: Trump boards Air Force One to depart Washington for his final time as president – to the tune of YMCA. pic.twitter.com/FXyabOqNw3
— Andrew Solender (@AndrewSolender) January 20, 2021
Outros artistas, como Laura Branigan e Neil Young, processaram Trump por ignorar suas exigências legais para parar de usar suas músicas. No entanto, não é somente o ex-presidente americano que causa incômodo na classe artística. Vários músicos se uniram em julho do ano passado para assinar um documento exigindo que políticos e ativistas parem de usar músicas sem a devida permissão. Rolling Stones, Elton John, Pearl Jam, Linkin Park, Aerosmith, Green Day, R.E.M., Blondie, Lorde e Panic At The Disco!, são alguns que adicionaram suas assinaturas à carta aberta pela Artist Rights Alliance.
Parte da carta diz: “Nenhum político se beneficia de forçar um artista popular a apoiá-lo publicamente ou rejeitá-lo. No entanto, essas controvérsias desnecessárias inevitavelmente tiram até mesmo os artistas mais relutantes ou apolíticos dos bastidores, obrigando-os a explicar as maneiras como discordam dos candidatos que usam indevidamente suas músicas”.
Ted Kalo, diretor executivo da Artists Rights Alliance, disse à revista Variety: “Sentimos que era hora de enfrentar esse problema publicando um simples pedido: peçam permissão primeiro”.