O Facebook é uma plataforma extremamente poderosa para transmissões ao vivo, quando o assunto é alcance de uma publicação. Por conta disso, muitos artistas têm usado a plataforma para suas performances durante essa crise de Covid-19.
Até o momento, o objetivo dessas movimentações na rede são de entreter os fãs com performances ou sessões de perguntas e respostas. Ganhar dinheiro com essas transmissões, só indiretamente com testemunhais ou venda de artigos de promoção.
Mas isso pode mudar porque o Facebook resolveu competir com o Zoom e anunciou a chegada a partir desta semana – em algumas regiões do mundo – do Messenger Rooms. A plataforma permitirá conversar por vídeo com até 50 pessoas, mesmo para quem não tem conta na rede. De acordo com o Later.Com, as chamadas serão gratuitas e sem limite de tempo, o que representará uma grande vantagem em relação ao rival, que limita o papo em 40 minutos.
Sim, você leu gratuito ali em cima no texto, mas a rede informa que em sua estratégia está a possibilidade de cobrar por essas transmissões. “Para apoiar criadores e pequenas empresas, planejamos adicionar a capacidade de páginas cobrarem acesso a eventos com vídeos ao vivo – desde performances on-line, passando por aulas e até conferências profissionais”, diz o Blog do Facebook.
A capacidade de cobrar por transmissões ao vivo é, em teoria, um grande negócio para os artistas. A ressalva é que ainda não há dados concretos que mostrem quantos estarão dispostos a pagar por uma live. Cobrar pelo acesso, é bom que se diga, não será a única maneira de ganhar dinheiro com lives no Facebook. A rede social anunciou recentemente que estaria expandindo seu sistema de dicas de ‘estrelas’ para os músicos. Isso apoiaria transmissões ao vivo gratuitas abertas a qualquer pessoa, mas com uma porcentagem dos espectadores pagando diretamente para quem faz a live.
A nova estratégia é tentadora para o mercado do entretenimento, porque mesmo que as medidas de isolamento comecem a diminuir em várias partes do mundo nas próximas semanas, ainda não há uma certeza de quando os shows de música física voltarão a ser realizados normalmente. Ou seja, no mínimo as lives deverão ser incorporadas como uma parte necessária do negócio artístico daqui em diante.
This post was last modified on 27 de abril de 2020 12:03