Se você era jovem e vivia na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas nos anos 80, dificilmente teria acesso ao que boa parte do mundo consumia em relação ao universo da música. O site Boing Boing publicou há algum tempo uma listagem elaborada em 1985 pela ala juvenil do Partido Comunista sobre os perigos contidos em mensagens musicais.
A lista negra de artistas que foram banidos da sociedade proletária foi revelada em um livro do antropólogo russo Alexei Yurchak, Everything Was Forever, Until It Was No More, e dá uma ideia de como medidas como a censura podem ser letal para uma sociedade.
Nomes como Van Halen eram acusados de fazer propaganda contra o regime soviético e o Talking Heads chegou a ser apontado como inimigo número um das forças armadas locais. O Iron Maiden, por exemplo, é acusado de promover a violência, assim como o Black Sabbath, o Scorpions e o Kiss.
Em outros casos, a lista indica que o AC/DC promovia o neofascismo, enquanto que o Pink Floyd causava interferência na guerra do Afeganistão. Já os Ramones e o Sex Pistols, foram proibidos “apenas” por serem punk!
A lista, criada para para controlar o que acontecia no interior das casas noturnas, traz ainda outros artistas muito improváveis de gerar algum tipo de abalo ao sistema, como Julio Iglesias, e cita o grupo Village People como mais um dos promotores de atos violentos.
A imagem original do documento em russo pode ser observada na matéria do Boing Boing (AQUI). A versão em inglês é esta aqui embaixo: