A arte tem o poder de transformar as pessoas. Mais do que isso, possui o poder inigualável de conexão que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. O encontro de Thalles e Yonlu pode não ser físico, mas a conexão entre os dois cantores pode ser sentida artisticamente de diversas maneiras. A versão de Katie Don’t Be Depressed, lançada nessa sexta-feira (26) por Thalles, representa dois artistas de épocas diferentes que se reencontram simbolicamente por meio da música. A canção faz parte do legado de Vinicius, jovem de múltiplos talentos que enfrentava em vida suas próprias revoluções pessoais.
Em 2016, Thalles foi convidado para encenar seu primeiro papel de protagonista no cinema: intérprete de Yonlu. Seu primeiro contato com a obra de Vinicius veio anteriormente, quando conheceu suas canções pela internet cinco anos antes do convite. “Me identifiquei com o som dele e com o pensamento artístico, que é bem consistente e maduro. A história dele representa muito pra mim, me transformou por completo”, conta Thalles. O filme Yonlu, dirigido por Hique Montanari, foi lançado em 2018 e mostra uma construção livre e poética que percorre as letras profundas e melancólicas do artista a partir de suas questões com o amor, rejeição, autoestima e personalidade complexa.
A versão de Katie Don’t Be Depressed (Katie, não fique deprimida) começa com uma sonoridade minimalista que se desenvolve de maneira inusitada para um rock animado. A música traz os arranjos e letra de Yonlu combinados com a personalidade artística de Thalles. “É a minha canção favorita dele porque tem uma mensagem genuinamente simples e direta. Eu quis compartilhar com as pessoas a possibilidade de ouvi-la de uma maneira diferente”, explica Thalles, que convidou seus amigos para gravar a parte final da nova versão. “É uma música introspectiva até chegar a presença dos amigos. E isso é muito significativo para a mensagem e para a história de Yonlu”, completa.