Marcelo D2 faz homenagem a André Midani no João Rock

Foto: Anderson Carvalho

Marcelo D2 já é um velho conhecido do João Rock e sempre espera-se dele uma apresentação com muita interação com o público. Lógico que na noite deste sábado (15) não foi diferente.

D2 vem desfrutando de muito respeito da crítica com seu mais recente trabalho, o álbum audiovisual Amar é Para os Fortes, e tem o público em suas mãos desde o momento em que entra no palco.

“João Rock, agora aqui é rap”, diz o cantor para a plateia roqueira que encara a investida musical dele numa boa, muito por conta do cara ter participado de uma das bandas mais incríveis do nosso rock nacional, o Planet Hemp. Com essa história toda, Marcelo D2 afirma que o rap é primo do rock e convida o público para cantar ao seu lado o sucesso “A Febre do Rato”.

Em “Desabafo”, que conta com samples da canção “Deixa eu Dizer” (1973), com vocais da cantora Cláudia, D2 simplesmente muda a letra, mete um Bolsonaro no meio, e traz a plateia pra junto dele num momento de crítica ao sistema.

Outro momento incrível da apresentação rola em “Mantenha o respeito”, quando o artista praticamente entregou o microfone para o público que ficou alucinado ao relembrar esse grande clássico de sua banda de origem. No entanto, ganhou ainda mais respeito ao finalizar sua apresentação com sucessos de sua carreira solo: “Qual é” e “A procura da batida perfeita”.

Ao final de eu show, Marcelo D2 ainda fez uma homenagem ao produtor musical André Midani, falecido nesta sexta-feira (14). D2 mostrou o álbum “A Tábua de Esmeralda”, de Jorge Benjor, lançado em 1974 pela Philips – gravadora comandada por Midani, e se despediu do púbico ao som da faixa “Os Alquimistas Estão Chegando Os Alquimistas”. Segundo D2, esse é o melhor disco do mundo!